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Milei xinga Lula para distrair da fome na Argentina, critica Sakamoto

Argentina’s President Javier Milei and Czech Republic's President pose for the media prior to their meeting on June 24, 2024 in Prague, Czech Republic. (Photo by Michal Cizek / AFP)

Em meio a críticas ácidas a Lula, chamando-o de “perfeito dinossauro idiota”, o presidente argentino Javier Milei adota táticas bolsonaristas para desviar a atenção dos impactos adversos de seu pacote econômico sobre os mais pobres, argumenta o colunista Leonardo Sakamoto. O debate se inflama no cenário político argentino, onde Milei utiliza sua plataforma no X (antigo Twitter) para lançar diatribes, abordando desde a crise política na Bolívia até as eleições nacionais.

Sakamoto ressalta que a estratégia de Milei visa ocultar os efeitos severos que seu ajuste econômico impõe à população, especialmente aos trabalhadores de baixa renda. Enquanto o pacote repercute aumentando impostos para os menos favorecidos e reduzindo-os para os mais ricos, Sakamoto observa que a situação calamitosa na Argentina não pode ser atribuída apenas a Milei, mas é exacerbada por uma série de governos anteriores, inclusive de viés esquerdista.

O colunista argumenta que o pacote de Milei, embora pretenda reequilibrar as contas públicas, tem sido controverso devido à piora evidente na qualidade de vida dos mais necessitados, com relatos crescentes de fome conforme indicam diversos institutos de pesquisa. Em contrapartida, certos segmentos da classe média alta parecem ser beneficiados pelas medidas adotadas.

“Sakamoto critica a preferência de Milei por eventos políticos em Balneário Camboriú ao lado de figuras como Jair Bolsonaro, em detrimento de participar da cúpula do Mercosul em Assunção”, observa-se na análise. Sakamoto sugere que a ausência do presidente argentino em fóruns internacionais importantes revela uma preferência por um teatro político interno, enquanto ele tenta consolidar seu apoio antes das eleições legislativas que podem redefinir o equilíbrio de poder no Congresso Nacional.

“Milei opta por uma estratégia teatral no Brasil, evitando exposições internacionais que poderiam submetê-lo a críticas”, comenta Sakamoto, lamentando a falta de maturidade política do presidente argentino em questões de diplomacia e cooperação regional, especialmente em um contexto onde a relação bilateral entre Brasil e Argentina é crucial para ambos os países.

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