Israel autorizou a legalização de três postos avançados de colônias e a expansão de outros assentamentos na Cisjordânia ocupada, conforme divulgado pela organização israelense Paz Agora nesta quinta-feira (4). A medida foi denunciada como um passo adicional rumo à “anexação” do território palestino.
A agência responsável pelas construções na Cisjordânia aprovou a legalização dos postos em Mahane Gadi, Givat Han e Kedem Arava, localizados próximos a assentamentos já existentes, além de dar luz verde para a construção de mais 5.295 casas em dezenas de colônias, conforme comunicado da Paz Agora.
Todas as colônias israelenses na Cisjordânia, ocupada desde 1967, são consideradas ilegais segundo o direito internacional.
A Paz Agora enfatizou que essas aprovações “reforçam a anexação em curso na Cisjordânia” e alertou para os danos irreversíveis que poderão resultar. “Este governo colonialista está minando perigosamente a segurança e o futuro de israelenses e palestinos, e as gerações futuras pagarão o preço dessa irresponsabilidade. Precisamos derrubar este governo antes que seja tarde demais”, acrescentou a organização.
Os postos avançados, conhecidos como assentamentos “selvagens”, são construídos sem a autorização formal de Israel. Na Cisjordânia ocupada, dezenas desses postos foram estabelecidos, variando de pequenas barracas a casas pré-fabricadas conectadas às redes de água e eletricidade.
Atualmente, mais de 400 mil israelenses residem em colônias na Cisjordânia, coabitando com cerca de três milhões de palestinos.
O anúncio das novas construções ocorre em meio aos conflitos em Gaza, iniciados pelo ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro. Desde então, pelo menos 561 palestinos foram mortos por soldados e colonos israelenses na Cisjordânia, segundo autoridades palestinas. No mesmo período, 16 israelenses morreram em ataques palestinos na região, de acordo com contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses.