Saúde

Estado de SP já tem mais casos de dengue neste ano do que todo o Brasil registrou em 2023

O Estado de São Paulo já acumula, até esta quarta-feira, 5 de julho, um impressionante número de 1.653.356 casos prováveis de dengue desde o início de 2024, conforme dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. Esse número é quase seis vezes maior do que o registrado no Estado durante todo o ano de 2023, ultrapassando até mesmo os números totais de casos em todo o Brasil no ano anterior, que foram de 1.649.144.

Desde o início deste ano, tem sido uma escalada constante de casos em São Paulo, posicionando-o agora como o Estado líder em registros da doença em todo o país, superando inclusive Minas Gerais nesse aspecto. Até o momento, infelizmente, 988 pessoas perderam suas vidas devido à dengue no Estado, e outras 1.191 mortes ainda estão sendo investigadas.

É importante recordar que em 18 de março deste ano, o Brasil atingiu um marco triste ao registrar o maior número de casos de dengue na história do país, com 1.899.206 casos notificados até aquele momento, ultrapassando o recorde anterior estabelecido em 2015, que havia sido de 1.688.688 casos confirmados. Agora, passados quase três meses desde então, o total de casos prováveis em todo o território nacional já alcança a marca de 5.655.043, com 3.497 óbitos confirmados e 2.856 mortes em fase de investigação.

Medidas de Prevenção

A remoção dos criadouros de mosquitos continua sendo uma das estratégias mais eficazes para evitar a propagação da doença. Isso envolve eliminar água parada em recipientes como vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas e piscinas sem uso.

Além disso, medidas físicas como o uso de roupas claras, o uso de mosquiteiros e repelentes, especialmente aqueles à base de icaridina, DEET e IR3535, são recomendados, dada a sua maior eficácia e duração em comparação com outros tipos de repelentes disponíveis.

A vacinação contra a dengue também se mostra uma medida crucial de prevenção. A vacina Qdenga, desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda, foi aprovada pela Anvisa em março de 2023 e incorporada ao SUS desde dezembro do mesmo ano. Inicialmente, devido à disponibilidade limitada de doses, apenas crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos foram considerados elegíveis para receber a vacina.

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